segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Rock Alive Brasil entrevista Eridanus!

Fala galera, que acompanha o Rock Alive Brasil!

Flyer/Eridanus/Divulgação
Esta semana entrevistamos a banda Eridanus, que iniciará a HellTherapy Tour, confiram abaixo:

RA – Quem é o Eridanus?

Roger: Eridanus é uma banda que quando começou em 2005 como uma ideia ambiciosa de tentar ser diferente em um estilo onde quase tudo já foi feito. Mas a diferença nunca foi criar algo novo, do zero, mas sim juntar tudo que há de bom no Heavy Metal, e desta mescla surgir algo original. E para nossa sorte, hoje sentimos que o primeiro passo do nosso objetivo foi conquistado, com nosso primeiro álbum “HellTherapy”, que hoje colhemos frutos deste grande 
trabalho.

RA – Por que escolherem este nome e qual o significado dele para vocês?

Roger: Eridanus é uma constelação do hemisfério celestial sul e tem como vizinha a constelação de Orion, que é mais conhecida. Quando começamos a banda, queríamos um nome que tivesse algum significado diferenciado, com lendas e histórias, e Eridanus tem muitas histórias interessantes.

RA – Como foi para vocês terem o álbum “HellTherapy” tocando nas rádios internacionais?

Thiago: Um grande feito realizado. Poder ouvir composições que amamos tanto ter produzido, chegar aos ouvidos dos Metalheads do mundo inteiro, proporciona um sentimento sensacional. Isso nos inspira e nos incentiva a criar novos hinos para o deleite de todos os fãs e ouvintes mundo afora.

RA - Como vem sendo o trabalho da Eridanus desde o lançamento até hoje? Houve algum tipo de alteração?

Roger: No geral, o trabalho não muda, sempre tentando alcançar o maior número de pessoas possíveis para divulgar nossa música, o que realmente muda são as ferramentas, com o tempo vão surgindo novas formas de se divulgar e apresentar o trabalho, conforme o álbum vai crescendo, você ganha novas ferramentas, como os reviews, entrevistas, clipe, shows, eventos e etc.

Outra coisa é a intensidade, pois com o passar do tempo a frequência de divulgação diminui um pouco, até o álbum entrar na fase descendente e aí começa o ciclo do próximo trabalho.

Eridanus/Divulgação
RA- Thiago, quais são suas influências musicais?

Thiago: Desde a música erudita, até os confins das vertentes do Metal, da pop music bem trabalhada, até o mais alternativo industrial, do Hard Rock Glam e AOR, até o folk finlandês mais rústico. Sou apreciador de boa música, e um assíduo crítico de músicas e gêneros mal trabalhados. A Música DEVE ser respeitada. Tocar e criar sem paixão e refinamento é um crime. Claro que as principais influências são o Heavy Metal Tradicional e o AOR, mas uso tudo que posso nas composições que participo.


RA - Hoje, o surgimento de novas bandas de rock e metal vem crescendo muito no Brasil, na sua opinião os (as) vocalistas dessas bandas estão preparadas musicalmente para isso?

Thiago: Aprendi com a música que TODOS tem a capacidade de cantar bem. Basta praticar e soltar a voz com convicção. Não se travar em paradigmas e sempre investir na evolução de sua técnica - e principalmente – não se esquecer do sentimento por trás de todo o investimento musical que você (vocalista) desejou para aquela composição. Digo isso, porque tive pouco tempo de ouvir novos companheiros do mundo do Metal, mas sei que muitos são bons, e outros se prendem a demonstrar uma 
técnica exorbitante e esquecer-se do principal, a música.

RA - Qual a opinião de vocês sobre o público brasileiro dar mais valor às bandas internacionais, sabendo que há bandas de som bem trabalhado e com o mesmo potencial das gringas, e não darem a devida atenção?

Roger: O brasileiro é muito maravilhado com o que vem de fora, pois o brasileiro vive em um mundo à parte do resto do planeta, onde os outros povos são mais familiarizados com o contato com estrangeiros e não os cultuam como “seres de outra dimensão”. Mas isso é cultural, está enraizado nos pilares da sociedade no Brasil, já que sempre tivemos a síndrome do “vira-lata”, onde nos é passado que o que vem do Brasil não é bom, e o que vem de fora é que tem qualidade, quando na realidade isso não é verdade, há muita qualidade aqui sim, e as vezes, até superior ao que vem de fora.

Há exemplos fora da música. Se tu tens um carro nacional e um importado, com os mesmos itens de série, mesmo motor, mesmo tudo, incluindo o preço, qual o brasileiro vai escolher? Obviamente o importado, pois na cabeça dele, o que foi passado pra ele a vida inteira é que o que vem de fora é melhor, mesmo isso não sendo verdade em alguns casos.

Eridanus/Divulgação
E também existe um certo status em ter ou gostar do que é de fora, é “cult”. Em determinados nichos, gostar de coisas nacionais é quase um crime, e vejo que na cena musical essa realidade é forte. Não há uma valorização do que é feito aqui. Pra que eu vou no show da banda brasileira X, se a banda europeia Y vai vir também?! E olha que tem muita banda estrangeira meia boca que vem aqui, fazem shows fraquíssimos, mas são ovacionados, enquanto a banda nacional pode fazer um show de alto nível, mas em grande parte das vezes, será delegada a segundo plano.

Thiago: Sinceramente, isso muito também é culpa de produtoras que não concedem espaço, de mídias que só divulgam o que vem de fora, do governo que não respeita as leis de incentivo a cultura, e quando respeita, a infraestrutura é escassa. O povo brasileiro muitas vezes não dá atenção a bons músicos e boas músicas de seu conterrâneos, por pré-conceitual pensamento: “Se é daqui, é ruim”. Então infelizmente, o povo apenas se deixa levar por essa onda, e não esquecem, mas cruelmente ignoram muitas bandas daqui.

RA - Quais são as bandas influentes da banda?

Thiago: Somos muito ecléticos! Na verdade nada é uma grande unanimidade entre todos na banda. Mas podemos citar algumas bandas que estão sempre em nossos playlists: Edguy, H.E.A.T, Halloween, Arch Enemy, Motley Crüe, Crashdiet, Jörn, Nightwish, Skid Row, Europe, Iron Maiden, Metallica, Deep Purple, AC/DC, Black Label Society, Axel Rudi Pell, Alice Cooper, Hardline, Journey e muito mais! Sempre que um alguém traz uma novidade, nó ouvimos!

RA - É comum na cena rock, as bandas independentes realizarem shows em rock bares, e sabemos o quanto é difícil de conseguir uma data. Isso acontece ainda com vocês? Qual a visão de vocês sobre isso?

Roger: Sim, isso acontece sempre, toda banda independente passa por isso vez ou outra. Existem muitas bandas para pouco espaço, ainda mais tendo em vista o tamanho da burocracia para se abrir uma casa de shows, o que acaba diminuindo ainda mais os espaços. Vivemos em um país onde os espaços públicos também são pouco utilizados para apresentações culturais, o que dirá para o Rock e Heavy Metal, que são estilos underground.

Existem algumas iniciativas muito bacanas de promotores que organizam festivais a céu aberto, ou dentro de fazendas, com acampamento e dias de shows, mas ainda são poucos e também não dão vazão para a quantidade de bandas que existem.

RA - Hoje, o mundo musical está bem mais aberto com as distribuidoras de músicas –streaming – ajudando as bandas a ficarem mais conhecidas, disponibilizando as músicas na íntegra e no mundo todo como a ONErpm, Spotify, iTunes, UOL Música e outros - Na opinião de vocês, até onde isso pode ser positivo e negativo para a banda?

Eridanus/Divulgação
Thiago: Positivo ao ponto de levar a qualquer canto do mundo nosso trabalho, e muitos fãs poderem adquirir nossas músicas dando assim suporte para a banda. Negativo porque infelizmente muitos ouvintes tentam adquirir nosso trabalho de forma ilícita, e quando uma música está na rede, facilmente acaba saindo de plataformas confiáveis e caem para o mundo da pirataria. Muitas pessoas esquecem do trabalho árduo que tivemos para produzir este trabalho, e não dão suporte a banda. Esquecendo que isso pode causar com que a banda não tenha retorno, e por isso, deixe de existir.

Roger: É um jogo de perde e ganha. Enquanto as músicas estão nas plataformas confiáveis, tudo é ótimo e a banda só tem a ganhar, nós mesmo temos nossas músicas nestas plataformas, mas como o Thiago disse, pessoas também utilizam estes meios para conseguir as músicas para o mundo da pirataria. Há quem diga que a pirataria pode tornar a banda mais conhecida do que se ela estivesse só em meios pagos, mas não adianta o reconhecimento sem retorno, não há trabalho que sobreviva só de reconhecimento.

RA – Qual foi a melhor experiência da Eridanus desde a formação?

Roger: Com certeza o lançamento do nosso CD e o reconhecimento que todo esse trabalho tem gerado. Sabíamos do potencial do álbum, mas nunca pensamos tão longe quanto ele foi, é algo recompensador.

RA – A banda embarca agora em novembro para a sua primeira tour internacional. Conte-nos um pouco sobre a tour e a expectativa com relação ao público argentino.

Roger: Estamos realmente ansiosos por esta tour, contando os dias na verdade, já que será nossa primeira vez na Argentina, tocaremos em Carlos Paz, Cordoba e Mayu Sumaj, e esperamos que sejam 3 noites inesquecíveis.

Sabemos que o povo Argentino é um apaixonado por Heavy Metal e é muito participativo nos shows, e queremos fazer um show incrível para eles. Levaremos algumas novidades para tocar em primeira mão, então acredito que serão shows realmente especiais.

Thiago: Esperamos poder manter acesa a chama do Heavy Metal para nossos fãs argentinos, mostrando-os um show para ser visto e ouvido, cheio de energia e com muito Heavy Metal!

RA – Quais são os planos da banda para 2014-2015?

Roger: Além da Tour na Argentina, acho que faremos mais um ou dois shows ainda em Dezembro para encerrar o ano, enquanto estamos no meio dos preparativos para a comemoração dos 10 anos da banda em 2015. Faremos uma coisa especial para os fãs, que infelizmente ainda não posso falar, mas posso dizer que será uma prévia do futuro. Aguardem!

Eridanus/Divulgação
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