Fala galera, que acompanha o Rock Alive Brasil! Hoje, trouxemos o release da banda paulistana Kiara Rocks!!!
Kiara Rocks/Google.com
KIARA ROCKSé uma banda de rock paulistana formada por Cadu Pelegrini (vocal e guitarra), Anselmo Fávaro (guitarra), Phil Bonaño (guitarra), Juninho (baixo) e Marcos Grevy (bateria).
Desde seu início, em 2007, a banda já fazia uma média de cinco shows por mês em várias casas noturnas no interior e na capital de São Paulo. Devido à repercussão extremamente positiva de suas apresentações, a Kiara Rocks quase sempre acabava se tornando banda residente nestas casas.
Kiara Rocks/Site Kiara Rocks
Após um ano inteiro de muitos shows e ensaios, a Kiara
adquire grande visibilidade nacional ao participar por duas vezes seguidas (em
2008 e 2009) das finais do reality show “Astros”, exibido pelo SBT.
Aclamada
pelos produtores Arnaldo Saccomani e Carlos Eduardo Miranda, e também pelo
cantor Lobão, a banda foi considerada por ambos uma das mais competentes do
atual cenário nacional. Logo depois, em Janeiro de 2010, o vocalista Cadu Pelegrini
participa do reality show “Solitários”, também no SBT.
A repercussão positiva do programa refletiu diretamente na já ascendente carreira da Kiara Rocks, colocando o MySpace oficial da banda por várias semanas entre os 3 mais acessados do site, aumentando o número de fãs a cada apresentação e tornando a agenda de shows do quinteto ainda mais cheia e disputada.
Sucesso total nos palcos, na internet e na TV, era hora da Kiara Rocks começar
a compor as músicas que, em breve, fariam parte de seu primeiro álbum. Em 2010 a banda lança seu primeiro álbum, o auto intitulado “Kiara Rocks”, cujo
clip do primeiro single “Últimos Dias” alcançou 300.000 visualizações em apenas
2 meses no YouTube, feito que o levou a figurar na programação normal da MTV
Brasil. Atualmente o clip de “Últimos Dias” conta com mais de meio milhão de
visualizações na internet.
Depois de uma extensa turnê de 15 meses, com mais de 120 apresentações
realizadas, era hora de dar passos maiores. Em 2012, a Kiara Rocks entra em
estúdio para gravar “Todos Os Meus Passos”, seu segundo álbum. Matt Sorum,
lendário ex-baterista de Guns N’ Roses, Velvet Revolver e The Cult foi chamado
para produzir o trabalho, que também contou com as participações especiais dos ícones
do Hard Rock americano Sebastian Bach (ex-Skid Row) e Tracii Guns (LA Guns). O
clip do primeiro single, “Marcas e Cicatrizes” alcança a marca de mais de
150.000 views no YouTube.
A banda inicia a turnê de “Todos Os Meus Passos” com um antológico show de
lançamento no emblemático Inferno Club, em São Paulo. 600 fãs lotaram a casa e
comprovaram que a Kiara Rocks caminhava a passos largos para o topo. Outras
apresentações que mereceram destaque nesta turnê foram os shows feitos com
Nação Zumbi e Raimundos no Circo Voador (RJ), com Capital Inicial em Minas
Gerais e no cruzeiro temático Motorcycle Rock Cruise em 2012 e 2013.
Quem também logo tomou conhecimento da ascensão da banda foi ninguém menos que
Roberto Medina, criador e dono do festival ROCK IN RIO. Assim que a empresária
Monika Cavalera os apresentou a Medina, o empresário não titubeou em
convidá-los para se apresentar no palco principal do festival na noite do dia
22 de Setembro de 2013, ao lado de Iron Maiden, Slayer e Avenged Sevenfold. Com
isto, a Kiara Rocks conseguiu a façanha de se tornar a única banda nacional a
ser convidada pessoalmente por Roberto Medina para se apresentar na 5ª edição
brasileira do festival.
Kiara Rocks/Site Kiara Rocks
Empolgados com o ilustre convite e convictos de terem atingido total maturidade
enquanto músicos e compositores, o quinteto decide antecipar a gravação de seu
3º álbum. Em Junho de 2013 se trancam no Estúdio Trama, em São Paulo para
produzir “Daqui Por Diante”, o mais bombástico e pesado álbum da carreira da
banda. Produzido pelo vocalista Cadu Pelegrini, o novo trabalho apresenta
músicas mais densas, com guitarras mais altas, e um vocal mais rasgado e
irreverente. As surpresas ficam por conta das versões para Mr. Scarecrow, de
Herbert Vianna & Cassia Eller e Save A Prayer, da banda inglesa Duran
Duran. Mantendo a tradição, “Daqui Por Diante” conta com as participações
especiais de Dinho Ouro Preto (Capital Inicial) e Rafael Bittencourt (Angra).
Mesmo com toda a grande repercussão adquirida pela apresentação realizada no
Rock In Rio 2013, a Kiara Rocks permanece firme e forte em seu habitat natural:
a estrada, os palcos, junto de seus fãs, seguindo a risca o"Rock ‘n’ roll way
of life".
Hoje, trazemos para vocês, a entrevista que fizemos com o músico e professor de canto, Ariel Coelho.
Confiram abaixo!
RA –
Quem é o Ariel Coelho?
AC – Vixe,
pergunta difícil, mas vamos lá! O Ariel Coelho é cantor profissional (há 23
anos) apaixonado pela riqueza de sonoridades/possibilidades da voz humana, "multinstrumentista", professor de canto e técnica vocal há 18 anos. Membro da
Associação Brasileira de Canto (ABC), da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia
(SBFa), da Federação Iberoamericana de Pesquisas da Voz Cantada e Falada
(FIVCH), criador e coordenador do Curso Livre de Técnica Vocal Aplicada ao Rock
(único no mundo exclusivamente criado e desenvolvido para tal finalidade, com
sede em Florianópolis/SC e células em São Paulo/SP, Niterói/RJ, Curitiba/PR e
Blumenau/SC), do Instituto Rock Voice (Centro de Excelência em Formação
Integral de Rock Singers, sede em Florianópolis/SC) e lead vocal das bandas
CODA Classic Rock (Fpolis/SC) e Brazilian Pink Floyd (Fpolis/SC). De resto, é um
assumidamente obcecado pelo conhecimento e pela ciência, tendo se graduado e
pós-graduado em Psicologia, em Relações Públicas, especialista em Ciências Criminais,
ex-professor de filosofia e sociologia, tendo feito aprofundamento de estudos
em Filosofia da Ciência com ênfase em Antropologia Cultural, Epistemologia e
Ontologia (nível de especialização).
RA – O que o levou a dar aulas de canto
aplicadas para o Rock?
AC – Bom,
eu leciono técnica vocal para o canto popular desde 1996. E deste então me
deparei com uma enorme lacuna deixada pelas pedagogias vocais tradicionais
relativamente à compreensão e ensino das inúmeras técnicas vocais presentes no
canto rocker, desde as suas origens. Isso porque a esmagadora maioria dos
professores brasileiros de canto e/ou técnica vocal foca suas atividades
pedagógicas exclusivamente no ensino das técnicas utilizadas e desenvolvidas
para o canto erudito e suas derivações; e os que se aventuram no ensino das
técnicas vocais aplicadas ao canto popular, ou por desconhecimento, ou por
falta de preparo mesmo, subestimam as técnicas vocais aplicadas ao rock e seus
subgêneros. Não é de surpreender, pois, que encontremos em todo o país, não
mais do que meia dúzia de profissionais razoavelmente instruídos em pedagogia
vocal rocker. E antes que alguém alarde conhecer vários e vários professores
que ensinam técnicas para se cantar rock no Brasil, cabe chamar a atenção para
a crucial diferença entre o "professor que canta/ensina" e o
"professor que ensina/canta/ensina". Ou seja, uma coisa é ter como professor
(a) um (a) bom (a) cantor (a) que lá pelas tantas resolveu passar adiante
"as suas técnicas", encarnando aí a figura de professor; outra bem
diferente é termos como professor (a) um profissional da pedagogiavocal
efetivamente, que além de contínua lapidação didático-pedagógica (formação
acadêmica continuada), busca na prática do seu canto e docência o aprimoramento
constante de sua metodologia de ensino (campo experimental). No primeiro caso,
não se ultrapassa o campo da empiria, onde o grau de adequação das técnicas
ensinadas está estritamente relacionado ao perfil vocal do aluno e, não
obstante, o grau de eficácia didático-pedagógica do cantor/professor está
diretamente relacionado ao seu nível de desenvolvimento proprioceptivo. Já no
segundo caso, adentramos no campo pedagógico vocal enquanto um saber
científico, com todos os seus nuances e matizes teórico-metodológicos. E cabe
ressaltar também que a situação é ainda mais agravada pelo fato de que o acesso
no Brasil ao processo de ensino-aprendizagem vocal rocker é bastante restrito,
seja por falta de recursos financeiros para se adquirir material ou para
estudar noutras cidades ou mesmo estados da federação, seja pela falta de
profissionais preparados para o ensino de tais técnicas. E foi como resposta a
esta enorme lacuna da/na pedagogia vocal brasileira que desde 1996 venho
direcionando gradativamente todos os seus esforços didático-pedagógicos para
uma verdadeira e sólida sistematização teórico-metodológica em Técnica Vocal
Aplicada ao Rock.
RA –
Hoje, o surgimento de novas bandas de rock e metal vem crescendo muito no
Brasil, na sua opinião os (as) vocalistas dessas bandas estão preparadas
musicalmente para isso?
AC – Primeiro
é preciso registrar que independentemente do nível de preparo técnico-musical
dessas bandas, esse surgimento exponencial é algo realmente muito positivo para
o fomento ao cenário rock/metal do nosso país. Mas com relação aos aspectos
técnico-musicais dessas novas bandas, infelizmente se percebe que uma parte significativa
carece de investimentos mais robustos no seu processo de formação e
aprimoramento. E isso se estende às questões de ordem estratégico-empresariais,
o que as deixa sempre de mãos atadas com os atravessadores de plantão de toda
natureza. Pois bem, listo aqui alguns pontos que, a meu ver, são fundamentais
aos vocalistas dessas bandas, bem como aos demais candidatos à rock singers:
(1) Jamais confundir estilo de vida rocker com
indisciplina;
(2) Combater diária e assiduamente a ansiedade, não
permitindo que a mesma ofusque o processo de ensino-aprendizado vocal, com todo
o seu esquema passo-a-passo; e acabe lhes impelindo ao sempre permissivo jogo
do passo-maior-que-a-perna;
(3) Estudar canto e/ou técnica vocal com
professores de canto popular devidamente habilitados para o ensino seguro das
técnicas vocais próprias do canto rock;
(4) Ser organizado, focado e disciplinado nos
treinos diários de canto e/ou técnica vocal;
(5) Investir constantemente no seu alargamento
estético-vocal (crossover estético-vocal);
(6) Investir constantemente no seu aprimoramento
musical (instrumentos, história da música, teoria musical, percepção musical,
composição, etc.);
(7) Investir constantemente no seu aprimoramento
antropológico-musical-rocker (história do rock com todas as suas vertentes,
biografias, etc.);
(8) Investir constantemente no seu aprimoramento
artístico (teatro, dança, performance, etc.);
(9) Investir constantemente no
seu aprimoramento tecnológico-musical (microfones de qualidade, sistemas de
monitoração com ou sem fio adequados, pedaleiras de efeito, etc.); e (10) Cuidar
diária e assiduamente das suas saúdes física e psicológica.
RA –
Muito se ouve que os melhores vocalistas de bandas são da região Sul do Brasil,
comente sobre isso.
AC – É
fato que o sul do país concentra um bom número de vocalistas bastante
competentes do ponto de vista técnico-vocal. Mas também é fato que temos
vocalistas tecnicamente excepcionais em todas as regiões do país. E, no fundo,
o que tenho percebido é que instalara-se noutrora entre os vocalistas de rock
brasileiros uma espécie de síndrome do
rock star, desdobrando numa agressiva corrida
do ouro, onde um precisa por princípio eliminar o outro para bem poder
reservar/preservar o seu lugar ao sol. E isso acabou gerando um bairrismo vocal, onde a disputa de egos
transcende às questões propriamente musicais e técnico-vocais. Contudo, o
advento da internet e a consequente relativização cultural provocaram algumas
mudanças importantes no comportamento desses mesmos vocalistas; e agora se
percebe um desejo coletivo de juntar forças em prol de algo maior: o fomento da
própria cultura rocker no país. E é para exatamente atender esta demanda que estamos
organizando o 1° Encontro Brasileiro de
Profissionais da Voz Rock para março desse ano (dias 15 e 16), em São Paulo/SP,
numa parceria com o Conservatório Souza Lima. Serão dois dias inteiros de
debates, trocas de ideias, workshops, masterclasses, painéis, mesas redondas, videoconferências,
shows, com aproximadamente 20 profissionais da voz rock, dentre eles
professores de canto, de técnica vocal, otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos
e, claro, muitos rock singers. Mais informações nas redes sociais.
RA –
Aqui em São Paulo, há alguma filial do Instituto Rock Voice?
AC – O
Instituto Rock Voice (IRV) nasceu do Rock Voice – Grupo de Estudos sobre
Técnica Vocal Aplicada ao Rock, por sua vez criado em dezembro de 2009, com a
finalidade de produzir conhecimentos relacionados à técnica vocal aplicada ao
rock, bem como sistematizar os já existentes. Seus objetivos são (1) a
estruturação de um banco de dados com todo tipo de material disponível sobre
técnica vocal aplicada ao rock, em âmbito mundial;
(2) a produção de novos
conhecimentos acerca da técnica vocal aplicada ao rock, através de projetos de
pesquisa acadêmica; (3) a sistematização dos conhecimentos disponíveis acerca
da técnica vocal aplicada ao rock, no sentido de construir uma pedagogia vocal
rocker cientificamente consistente; (4) a unificação dos esforços dos
estudiosos da técnica vocal aplicada ao rock; (5) a formação/qualificação dos
professores de técnica vocal aplicada ao rock; (6) a qualificação profissional
dos cantores (as) de rock e seus subgêneros; e (7) a integração dos cantores (as)
de rock e seus subgêneros. De resto, o IRV, embora sediado em Florianópolis/SC,
conta com pesquisadores espalhados por todo o território brasileiro e com
alguns colaboradores (nacionais e internacionais). E já estamos sim estudando
minuciosamente a implantação de filiais do IRV nas principais cidades
brasileiras, dentre elas São Paulo/SP. Mas por ora, apenas eu próprio tenho
desenvolvido mensalmente algumas atividades docentes na capital paulista (mais
informações no manager@arielcoelho.com.br).
RA –
Qual a diferença do canto erudito para o Rock?
AC – Para
entendermos bem essa questão, é preciso antes esclarecer a diferença e as
relações existentes entre a estética vocal e a técnica vocal. Pois bem, os
modernos estudos de Antropologia Vocal (e eu assumo aqui publicamente a
paternidade da criança... hehe) nos mostraram que estes dois fenômenos não são
a mesma coisa (e tratá-los assim constitui/constituiu um gravíssimo erro
histórico em termos de ciência e pedagogia vocal) e as suas relações, ao fundo,
se estabelecem no seio de um fenômeno maior chamado crossover técnico-vocal, uma prática absolutamente comum e mesmo
essencial no processo de desenvolvimento das mais diversas estéticas vocais e
as suas técnicas vocais subjacentes. O fato é que ao lançarmos um olhar
antropológico sobre a história do uso da voz humana para finalidades
artísticas, verificamos que primeiro surgem as estéticas vocais, com todos os
seus nuances e matizes (por exemplo, o jeito de cantar das lavadeiras enquanto executavam
o seu trabalho ao ar livre; dos escravos que expressavam toda a sua dor e
indignação quando se juntavam na senzala; dos cantores que animavam as
festividades ou mesmo reuniões nos antigos palácios imperiais e/ou
aristocráticos pelo mundo a fora; dos índios, etc.). E somente depois é que
surgem as técnicas vocais, como tentativas de se manter, aperfeiçoar e mesmo
perpetuar as estéticas vocais subjacentes. Não obstante, se verifica ainda que,
na medida em os povos vão se misturando (migração, socialização, globalização,
etc.), ocorre uma verdadeira miscigenação estético-vocal, desdobrando num
alargamento técnico-vocal dos cantores, de um modo geral; e isso acaba
resultando no surgimento de novas estéticas vocais. Trata-se de um movimento
antropológico cíclico, cuja estética vocal constitui-se sempre como início-fim
e fim-início. Como um bom exemplo desse fenômeno, temos o
surgimento/desenvolvimento do teatro musical, onde para a execução das obras, os
(as) cantores (as) acabam se utilizando – ainda que às vezes, de modo deveras
intuitivo – tanto de técnicas vocais específicas do canto erudito (técnica
belcantista, por exemplo), quanto àquelas técnicas vocais cujas sonoridades
produzidas, dito grosso modo, enfileiram-se mais à estética do canto popular
(belting, mixed voice, drives, para citar algumas). E acrescentaríamos, pois,
que é exatamente pela elasticidade estética do canto popular que a prática do
crossover técnico-vocal no âmbito do teatro musical se tornou possível. Por
fim, o mesmo ocorre na Técnica Vocal Aplicada ao Rock (e essa é a diferença
crucial entre o canto erudito e o canto rocker): dada a elasticidade da
estética vocal rocker (enquanto subgênero do canto popular), a prática do
crossover técnico-vocal é lugar comum entre/para os rock singers
(diferentemente dos cantores eruditos).
RA –
Quais são os exercícios mais utilizados durante as aulas?
AC – Então,
considerando que a principal característica técnica do canto rocker é
exatamente a sua plasticidade vocal, um bom caminho metodológico é investir
pesadamente no processo de alargamento estético-vocal (quanto mais experiências
estético-vocais tivermos e cada qual com as suas técnicas subjacentes, mais
memórias musculares de diferentes possibilidades de arranjos fisiológicos nós teremos),
que passa pela construção de um repertório de estudo estrategicamente escolhido
para cumprir a função (sendo que esse mesmo repertório vai sendo
retroalimentado gradativamente); Em um trabalho minucioso de higienização
técnico-fisiológica (exercícios/laboratórios de sensibilização proprioceptiva);
e readequação dos arranjos fisiológicos empregados (esquemas vocais, efeitos
vocais, etc.). Os conhecidos vocalizes aqui ganham nova roupagem e são
implementados no conjunto do treinamento de acordo com as suas funções
fisiológicas subjacentes (de acordo com os estudos da novíssima Antropofisiologia Vocal; e mais uma vez assumo
a criança... hehe).
RA –
Quais dicas são dadas quanto ao cuidado com a voz?
AC – Pois
bem, sempre que se fala ou pensa em cantores (as) de rock, uma das primeiras
coisas que nos vem à mente é a questão da saúde vocal desses profissionais.
Afinal, cantar rock sem se “arrebentar” não é uma das tarefas mais fáceis! Não
bastasse o desgaste de todo o trato vocal em si, o corpo todo “sofre” com as
exigências técnico-estéticas do rock (apoio diafragmático, mecanismos de
fonoarticulação, coordenação fonorespiratória, ajustes de filtro, efeitos
vocais, performance de palco, interpretação textual, etc.). Então, partindo do
pressuposto de que cantar rock é uma atividade extremamente desgastante para
todo o organismo, o condicionamento físico generalizado constitui-se numa
condição básica para o (a) rock singer. E com o termo condicionamento físico
queremos mesmo dizer que deve o (a) cantor (a) exercitar constantemente todo o
seu corpo, de modo a deixá-lo em condições de suportar toda a carga energética
exigida no/pelo canto rocker. Para melhor ilustrar essa especificidade do canto
rocker, evocaremos aqui o modelo militar de treinamento: o fato é que os
militares treinam praticamente o dia inteiro para sempre que for preciso,
estarem preparados. E o mesmo ocorre com o (a) cantor (a) de rock: ele (a)
precisa estar preparado em tempo integral para a “guerra”, por assim dizer. A
preparação física do (a) cantor (a) de rock inclui sessões diárias de
alongamentos e de práticas corporais que visem à tonificação da musculatura
como um todo. E aqui é importante registrar que segundo a literatura clássica
de técnica vocal, além de um programa regular de exercícios físicos aeróbicos e
de repouso adequado (o que inclui a questão da qualidade do sono), a natação e
o caminhar são as práticas corporais mais indicados para o (a) cantor (a), de
modo geral; e que se deve evitar o tênis, o basquete, o vôlei, o levantamento
de peso, o boxe e a musculação, pois causam muita tensão muscular na região do
pescoço, costas, ombros e tórax. É fato. Contudo, inúmeras pesquisas mostram de
que não importa o tipo de exercício físico que se faça, bastando manter uma
prática diária e qualitativamente satisfatória de exercícios de
alongamentos/relaxamentos para que as tensões subjacentes se dissipem. Nesse
sentido, não é de surpreender que a história do rock esteja repleta de exemplos
de expressivos lead vocals que são ou foram praticantes de exercícios contraindicados
pela literatura clássica de técnica vocal e que, no entanto,
conseguem/conseguiram manter um padrão técnico-vocal satisfatório. Para citar
apenas alguns, temos o Bruce Dickinson que pratica esgrima, o Alice Cooper, o
Brian Johnson e o Tim Ripper que praticam golfe, o Geddy Lee que pratica tênis
e o Eddie Vedder que surfa e joga basketball. Então, como bem podemos ver ser cantor
(a) de rock exige uma série de cuidados com todo o organismo (alimentação,
hidratação, higiene, respiração, postura, exercícios físicos de condicionamento
e relaxamento, exercícios técnico-vocais específicos, acompanhamento médico
especializado, etc.), sendo que ele (a) deve ainda saber lidar com situações de
competição sonora (ensaios, shows, ambientes ruidosos, etc.), de alterações
climáticas (ar condicionado, climas regionais, etc.), de alterações hormonais
(idade, ciclos menstruais, gravidez, menopausa, medicação, etc.), dentre
outras. Por fim, a principal ferramenta do (a) rock singer para cuidar da sua
voz – mantendo de um modo fisiologicamente adequado a sua eficiência e
longevidade – é o pleno domínio da própria técnica vocal rock em si mesma!
E aí galera curtiram?
Então sigam o Ariel Coelho no Facebook, e fiquem atentos, pois logo mais postaremos em nossa fanpage sobre o workshop a ser realizado em São Paulo.
Confiram um dos videos do professor/músico fazendo workshow, com a música Painkiller - Judas Priest.
Deixemos aqui a nossa nota de pesar ao falecimento do lendário guitarrista Hélcio Aguirra, do Golpe de Estado.
A notícia nos pegou de surpresa, nossa equipe expressa seus sentimentos aos familiares e companheiros de banda.
Hélcio Aguirra, uma pessoa excepcional, incrível, simpática e muito atenciosa, nos deixou para fazer o seu som com uma outra galera, mas aqui em nossas mentes e corações tocará para sempre e nos deixará impressionados com seus solos de guitarra.
Sem mais,
Confira aqui a entrevista que Dino Linardi e Hélcio Aguirra, concederam ao Rock Alive em março/2013.
Fala galera, que acompanha o Rock Alive! Conforme informado anteriormente, aqui está o release do professor de técnica vocal aplicada ao Rock, Ariel Coelho, de Santa Catarina (SC).
Ariel Coelho/Divulgação
Ariel Coelhoensina técnica vocal para o canto popular desde 1996. De lá pra cá
tem ministrado cursos, oficinas, workshops e workshows em diversas cidades
brasileiras.
Como resposta a uma
enorme lacuna na pedagogia vocal brasileira, desde 1996 o Prof. Ariel Coelho
vem direcionando gradativamente todos os seus esforços didático-pedagógicos
para uma verdadeira e sólida sistematização teórico-metodológica emTécnica Vocal Aplicada ao Rock.
Nessa direção,
idealizou e criou o único curso no mundo cujo corpo teórico-metodológico foi
desenvolvido especificamente para ocanto
rocker, com todas as suas características técnico-vocais.
Fundou oINSTITUTO ROCK VOICE(Centro de Excelência
em Formação de Rock Singers), com sede em Fpolis/SC.
Oferece cursos: presenciais, EAD, Oficinas Temáticas, Cursos
Modulares de Formação, Sessões de Coaching, Workshops e Workshows.
Ariel Coelho/Divulgação
A sede do curso fica na capital catarinense (Florianópolis) e tem o objetivo instrumentalizar cantores e cantoras para o uso adequado das técnicas vocais aplicadas ao canto popular, com ênfase especial no rock e seus subgêneros. De resto, se firma como único do Brasil a investir na formação integral dos seus alunos (09 disciplinas complementares) e atualmente, através de parcerias institucionais oferece formação básica (formato modular) em Blumenau/SC (Escola de Música do Teatro Carlos Gomes), Criciúma/SC (Instituto de Música Gilson Naspolini), São Paulo/SP (Do It Studio) e Niterói/RJ (MusiCanto), Curitiba/PR, Porto Alegre/RS e Belo Horizonte/MG.
Ariel Coelho/Divulgação
Ariel Coelho, coordenador e professor do Curso Livre de Técnica Vocal aplicada ao Rock, é cantor profissional há 23 anos, multinstrumentista, professor de canto e técnica vocal há 18 anos, membro da Associação Brasileira de Canto – ABC, da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia – SBFa, da Federação Iberoamericana de Pesquisas da Voz Cantada e Falada – FIVCH.
Criador e coordenador do Curso Livre de Técnica Vocal Aplicada ao Rock e lead vocal das bandas CODA Classic Rock e Brazilian Pink Floyd.