segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Especial Wave Summer Festival – Bandas. Parte 4

Salve galera do Rock Alive Brasil, beleza?! 

Hoje faremos nossa quarta parte do especial sobre o Wave Summer Festival. O R.A.B. bateu um papo com Alex Twin, idealizador do festival, dono do selo Wave Records e membro da banda INDIVIDUAL INDUSTRY, que está entre as atrações do festival. 

Primeiramente, muito obrigado por conceder essa entrevista ao Rock Alive Brasil.

RAB. Alex Twin, como começou seu envolvimento com o mercado musical?

Alex Twin: Olá, bom primeiramente obrigado pelo apoio de vocês e espaço. Eu trabalho com música há muito tempo, seja como músico em bandas como Mauve, Individual Industry, 3 Cold Men, pecadores e Wintry ou como lojista ou selo e gravadora (Wave Records, Cri Du Chat, Muzik, etc..), pode-se dizer que lá se vão mais de 25 anos de música.

RAB. Quando começou a trabalhar na Wave Records?

Alex Twin: A Wave Records surgiu no ano de 2006 naturalmente na falta de gravadoras locais apoiando a cena nacional, lançando grandes nomes do post punk, industrial, EBM, gótico em geral, já estamos no 50º lançamento e posso dizer que temos uma boa trajetória e reconhecimento do publico.

Alex Twin/Divulgação
RAB. Como surgiu a ideia de criar um festival do porte do Wave Summer Festival?

Alex Twin: A ideia existia há muito tempo, por conta de frequentar eventos na Europa como Mera Luna, Wave Gotik Treffen e pela escassez no Brasil de eventos desse porte principalmente após 2006 onde todos nós ficamos órfãos da Gothic Rave liderada pelo saudoso Mauricio Mangia, então decidimos criar algo com mais bandas internacionais e a questão do tempo do evento começa com quase dois dias e deve nas próximas edições chegar a dois ou três dias de evento com área de camping e mais atrações culturais, estamos testando o modelo e até agora tem sido bem interessante.

RAB. Serão 16 horas de diversão, certo? Como a produção chegou nessa decisão de fazer um evento ao estilo rave?

Alex Twin: Na verdade a ideia já existia como comentei na antiga gothic rave, e o que fizemos foi dar mais "punch" trazendo mais atrações e a grande vontade mesmo era criar algo maior do que uma balada de 6 ou 8 horas, queremos que o pessoal tenha uma grande interação e que funcione como um intercambio, tanto é que temos mais de 300 pessoas vindo de fora de São Paulo para o evento!! Esse é o clima trocar informação e promover a formação musical de quem está chegando, motivo esse da liberação para menores de 18 anos acompanhados de responsável.

RAB. Quais são as maiores dificuldades em se fazer um evento dessa magnitude no Brasil, uma vez que o país é extremamente burocrático?

Alex Twin: Bom como você disse é burocrático, e o maior empecilho talvez seja a questão da credibilidade, pois é um publico extremamente underground, e os lugares por onde andamos sempre vinham com receita pronta do tipo, “é uma Rave?”, “é eletrônico?” “é Metal” e isso gera aquela questão do pessoal se será seguro, se terá publico, esse sim é de longe para nós o maior ponto...

Veja que após 7 anos a Gothic Rave conseguiu um publico, claro que em um formato diferente, de mais de 5 mil pessoas num festival, e hoje 8 ou 9 anos depois estamos lutando para conseguir colocar mil pessoas num festival que sabemos tem publico pra bem mais de 5 mil pessoas, sabemos que tudo isso se constrói, leva tempo e principalmente após o fator desconfiança da galera que viu uma série de shows serem canceladas e não tiveram seus valores recebidos pelos mais diversos motivos, por isso que desde setembro de 2014 já tínhamos contratos assinados e passagens, hotel, caches de bandas (principalmente internacionais) pagos, para passar essa credibilidade de que é um evento que veio pra ficar...

Outra dificuldade cultural é mudar a cabeça da galera que acha que banda nacional tem menos valor! Então ninguém contabiliza muito essas bandas na hora de valorizar os eventos, ainda temos muita gente com esse pensamento provinciano de que o que vem de fora é melhor, e na verdade temos Grandes Bandas nacionais nessa edição (Olam ein Sof, individual industry, Das Projekt, Scarlet Leaves, Plastique Noir e Klaustrophobik) ainda tantas outras muito boas que estamos guardando para as próximas edições, (claro que depende de negociar) e o publico precisa entender e valorizá-las, pois todos são profissionais, amam o que fazem e precisa se locomover comer, comprar cordas, instrumentos, pagar estúdios, etc...

Então você imagina a mágica pra chegar a um preço razoável para o publico sem a garantia de adesão, no primeiro lote o publico pagaria menos de R$20,00 por banda sem contar os dj’s, as batalhas, feira alternativa, enfim o encontro que valorizamos mais do que tudo, o evento em si, e as atrações coroando esse encontro, então é bem difícil, mas podemos dizer que a adesão antecipada foi um sucesso! Teremos outras edições! Mas o público precisa comparecer em massa nessa edição pra fincarmos de vez o evento na agenda nacional, e claro no próximo termos uma condição melhor de custo tendo em mente a adesão dessa edição.

RAB. Há muita burocracia para se conseguir fechar contratos com as bandas (nacionais e internacionais) e de se obter alvará de funcionamento?

Alex Twin: Com as bandas é tranquilo, negociação normal de condições, passagem, hospedagem pra quem é de fora e cachê. A questão de alvará e burocracias de local é um parto que prefiro poupar os leitores dessas questões chatas, kkK... Essa é parte sem glamour desse tipo de evento.

RAB. Quais são os critérios usados pela produção na hora de se escolher o line-up do evento?

Alex Twin: Fizemos uma enquete prévia na rede e no boca a boca e chegamos às preferências de cada estilo, lógico que algumas bandas escolhidas em primeiro (2 apenas) que não tinham data ou condição de tocar aqui, uma delas inclusive nem fazia, mas shows ao vivo.

Para o próximo iremos analisar a frequência de cada publico (EBM, post punk, industrial e Medieval, por exemplo) e com base nisso faremos um planejamento para até em respeito ao público que compareceu criar algo bem mais focado pra deixar o público feliz, o que podemos adiantar, mas não é definitivo, pois depende do que acontecer nas ultimas semanas e na porta, ainda há esperança (risos) que todos os estilos têm uma boa adesão, equilibrada mesmo, e a surpresa boa do público de medieval e neoclássico indo ver Ataraxia, batalhas e olam ein sof e (por enquanto) no antecipado no levantamento temos muito pouco publico para o EBM, digo mais voltado para o der Pragger, Klaustrophobik sabemos que tem um público de aproximadamente 300 pessoas ativas nesse meio e a adesão foi inferior a 20% até agora como disse, pode ser que o pessoal esteja esperando comprar na porta, por isso mencionamos apenas o cenário como é hoje. 

Se esse cenário se mantiver, como disse até em respeito a quem frequenta esse tipo de evento talvez não teremos mais o estilo representado de maneira tão grande nas próximas edições, mas galera do EBM ativa, por favor, não entendam mal, essa é a oportunidade de chamar a galera a participar do evento, o pessoal do Der Pragger, por exemplo, vive perguntando se o show deles vai ter quantas pessoas e tal, é um trabalho que estamos correndo pra chamar o público de um estilo tão amado e enérgico como a galera do EBM, seria triste pouca adesão e mudança no planejamento do próximo festival, mas temos esperanças de reverter e sinceramente espero que no show do Der Pragger a galera esteja em peso lá gritando, cantando e dançando com eles, (der pragger, Klautrophobik e porque não Das Ich?!).

RAB. Quanto tempo se leva para montar um festival como Wave Summer?

Alex Twin: Estamos há pouco mais de 6 meses entre planejar, contratar e gerenciar o festival, um tempo que acreditamos ter sido bem pertinente ao tamanho do festival, sabemos que o WGT na Alemanha, por exemplo, demora-se 10 meses planejando... Ainda não somos tão grandes, mas com o público que temos na América latina, sabemos que podemos sonhar.

RAB. A seu ver, quais leis poderiam mudar para facilitar a produção de um festival?

Alex Twin: Bom sem duvidas festival alternativo (digo alternativo de verdade) não tem muito apoio, sempre 100% conduzido pela iniciativa privada e com recurso próprio. O que eu mudaria talvez seja utopia ainda, mas seria incluir a minoria nos projetos de apoio à cultura, estamos trabalhando pra isso, pois o resultado que esperamos não é financeiro, é cultural, em breve teremos novidades nessa área.

RAB. Quais são as expectativas para o evento? Já há planos para uma segunda edição?

Como disse a expectativa desse primeiro é testar naturalmente, porque nunca tivemos nada nesse formato, e o que temos até então é algo positivo! Então o que posso dizer por hora pra não estragar a surpresa é que sim teremos mais, e não apenas um, e não só restritivo a um público, mas mais abrangente ainda dentro do underground ou alternativo, etc..

RAB. Qual foi sua reação ao saber que a procura de ingressos para o Wave Summer está alta? 

Alex Twin: Poxa cara essa é pergunta mais difícil de responder (risos)! Porque como idealizadores todos nós esperávamos uma procura alta, porque sempre achamos que muitos partilham nossos sonhos, mas de fato foi um bom susto a repercussão de mídia e principalmente, a maior e melhor surpresa jamais imaginada. O público até então de fora do estado supera em muito o de São Paulo mesmo tendo uma visão de que 70% desse publico está aqui e 30% em outros estados, tivemos exatamente 70% de publico de fora (compra antecipada e intenção de compra) contra 30% de São Paulo, estamos na expectativa, achamos que é o velho costume de quem está aqui se sentir mais cômodo pra comprar na porta, e quem vem de fora se planeja melhor e de forma antecipada.

Só lembramos que nesse primeiro evento limitamos contratualmente com o espaço mil pessoas (o espaço comporta 5 mil fácil), mas ai teríamos que repensar os lay-outs e formatos de apresentações, então garantido mesmo só quem comprou antes e está com ingresso na mão, mas só se acontecer algo muito inesperado pra esgotar na porta, planejamos e entendemos que terá ingresso pra todo mundo lá na entrada.

RAB. Para finalizar, gostaria que você convidasse o público para comparecer ao Wave Summer Festival, que ocorrerá no Sábado (7/02), em Cotia.

Alex Twin: Pessoal antes de convidar, quero agradecer aos colegas de todo o Brasil e tenham certeza que vocês nunca viram nada parecido aqui no país faremos o máximo para proporcionar momentos inesquecíveis, vocês ficarão extasiados, cansados, felizes! E ao pessoal que ainda não comprou o seu ingresso, compre antes! Apoie a cena nacional, ainda tem alguns dias pra você comprar facilitado. O próximo evento já está garantido, mas se tivermos uma adesão total, posso afirmar que o próximo não deixaremos nada a dever aos festivais europeus, inclusive em numero de bandas!

Alex, muito obrigado pelo bate-papo e um grande abraço!

Pessoal, garantam já seu ingresso para o Wave Summer Festival acessando o link: http://www.wavesummerfestival.com.br/#!ingressos/cq53

Links para as outras matérias especiais sobre o Wave Summer Festival:

É isso aí pessoal! Espero que tenham curtido a entrevistas com Alex Twin e já sabem: continuem acessando ao ROCK ALIVE BRASIL para ficarem por dentro das novidades do cenário musical nacional.

Abraços!

2 comentários:

  1. ^^y^^...mais cuidado a escrever, a transcrever o diálogo do entrevistado e mais cuidado a rever o texto era bom! muito fraca a entrevista e mal escrita! lamentável...^^y^^

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  2. Olá Morcego Platônico, tudo bem?

    lamentamos pelo erro, caso você tenha algum fato, ou correção e adição de algo que faltou, por favor, envie-nos. Faremos a correção imediatamente.
    Envie para: rockalivebrasil@live.com

    Atenciosamente,

    Mariana Lima
    Jornalista Responsável.

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