segunda-feira, 22 de abril de 2013

Rock Alive entrevista: Andragonia

Fala galera, que acompanha o Rock Alive...

Hoje, trago para vocês a história da banda Andragonia,que faz sucesso nas redes sociais e fora delas, seguida de uma entrevista!



RA - Formada em 2007, o Andragonia continua com a mesma formação desde a criação?

Ricardo DeStefano : Primeiramente, muito obrigado pela oportunidade e entrevista! Não, a formação do Andragonia mudou por algumas vezes já. A partir do momento que o Andragonia se transformou em uma banda autoral, nós tivemos a saída do guitarrista/vocalista Luke Gomes, quase que na metade do processo de gravação do Secrets.

Nesse momento, foi quando eu fui chamado para entrar na banda, ao lado do outro guitarrista, Raffael Mello. Posteriormente, tivemos a entrada do Cauê Leitão (no lugar do Raffael), com o Secrets praticamente finalizado. Recentemente nós tivemos a saída do Yuri para a entrada do Toni Laet.

Cauê Leitão:  E essa saída do Yuri para entrada do Toni foi a última mudança, nem tem tanto tempo assim, já foi quando o CD “Memories” já estava gravado.

RA - O álbum “Secrets in the Mirror” foi um dos que mais ganharam divulgação na rede, chegando até os jogos Guitar Flash. Vocês esperavam por toda essa repercussão?

Ricardo DeStefano: Pensando friamente...bom, o que posso dizer é que nós sempre acreditamos no trabalho e, quando terminamos de gravar o Secrets, nós sabíamos que tínhamos um bom material debaixo do braço, sabíamos do nosso potencial! Agora, entre vc saber, e acontecer, há uma distância absurda! O que aconteceu foi que nós tivemos a SORTE de ter feito os contatos certos, na hora certa, e a COMPETÊNCIA de corresponder as expectativas no momento que os desafios apareceram para nós.

As pessoas comentam do Secrets (como no caso da pergunta de agora) referindo-se a sua repercussão pós lançamento, porém é preciso saber um pouco do que aconteceu PRÉ lançamento, e isso eu acho que foi o nosso grande diferencial. Na época, nós 5 estávamos muito unidos em torno de fazer o Secrets acontecer.  Nós passamos dias inteiros dentro do estúdio gravando e ensaiando, bem como sempre juntos para conversar, trocar idéias. Nós vivíamos a banda!!!

Cauê Leitão/Google.com


Claro que certas coisas aconteceram sem que estivéssemos esperando, como o "guitar flash", ou mesmo a exibição dos nossos clipes na MTV, mas mesmo assim, acredito que tudo aconteceu naturalmente em virtude do momento que estávamos vivendo.

Cauê Leitão:  Costumo falar que o Guitar Flash foi o maior apoio que tivemos até hoje em termos de divulgação.Claro que o publico do jogo se identificou muito com o Andragonia por ser um pouco mais técnico e ter bastante guitarra, e outras bandas não conseguiram ter tanto retorno assim por ter outros estilos. Somos muito gratos ao Guitar Flash e a tudo que o jogo proporcionou para o Andragonia.





Toni Laet/ Arquivo Pessoal
RA - No ano de 2012, o Yuri deixou a banda, como foi essa fase de ausência para vocês?


Ricardo DeStefano: Como toda separação, sempre delicada, ainda mais de um membro que estava na banda desde o início. No caso do Yuri, ele optou por se desligar da banda porque apareceu uma oportunidade pessoal e profissional para ele que sempre desejou, que foi morar e trabalhar no exterior.Ao sair do Brasil, a princípio, ele iria para fazer algumas apresentações e voltar. Aconteceu que a agenda de trabalho dele aumentou por lá, e no momento a banda estava parada, sendo assim ele teve que optar. Em virtude da ordem das coisas, foi uma separação natural e automática, tanto que somos muito amigos até hoje!

Cauê LeitãoA gente que conviveu com o Yuri sabe que o maior desejo dele era sair do Brasil. Ele teve uma oportunidade de ir pra San Diego e não pensou duas veze.  Aí ele enviou uma mensagem falando que estava diante de uma grande oportunidade e que não tinha data pra voltar. Ele é um grande amigo e desejamos o melhor pra ele.


RA - Ainda em 2012, vocês resolveram fazer um álbum diferente intitulado “Memories”, o que ele traz de inusitado?

Ricardo DeStefano: O Memories começou a ser trabalhado ainda em 2011. Nós  aproveitamos a entrada do Cauê  que não compôs para o Secrets, e um intervalo que tivemos na agenda da banda, e começamos a colocar algumas idéias em prática. O que aconteceu foi que cada um tinha, pelo menos, umas 2 idéias para novas músicas, e resolvemos ir compondo e gravando até o álbum tomar forma. Tanto que mais de 80% do disco foi gravado sem que ninguém soubesse, deixando pra divulga-lo já no final de sua gravação.
De inusitado, acredito que o álbum foi trabalho de forma conjunta, como uma banda de verdade. Mesmo as músicas que foram compostas por um único autor tiveram a participação de mais um ou dois integrantes da banda. Outra coisa que nos ajudou muito foi o fato de começarmos a gravar o disco e não divulga-lo, trabalhando com calma, sem cobrança e sem pressão  Dessa forma, pudemos trabalhar e curtir cada detalhe do projeto,  fechando cada detalhe quando todos nós estivéssemos de acordo.

Cauê Leitão:  Me marcou muito gravar o álbum “Memories”. De fato é o álbum que tem mais a cara de todos os integrantes, trabalhamos duro e no final tivemos a sensação de dever cumprido.Tentamos fazer um álbum bem moderno, misturando o ProgMetal com elementos eletrônicos, além de explorar todas as influências de cada um. Tivemos alguns contratempos no seu lançamento, coisas que não esperávamos, mais acredito que o álbum ainda vai ter a divulgação que merece.

Ricardo DeStefano: Outra coisa super legal do “Memories”, foi a participação do guitarrista Mattias IA, na faixa Hard To Breath. Quando o conhecemos, em 2011, ele foi de uma atenção e humildade foram do comum conosco. Nós entregamos para ele uma cópia do “Secrets” e, dois dias depois, encontrei com ele na Expomusic e ele me disse que curtiu o álbum  Naquele momento, eu perguntei se ele não estava interessado em gravar uma música no nosso novo disco e ele respondeu “Ok!”. 

Foi mais do que especial contar com um dos maiores guitarristas dessa nova geração em nosso disco, ainda mais levando em conta todo o cuidado que ele teve conosco!

RA- Por que o nome de Andragonia?

Ricardo DeStefano: É um trocadilho com as palavras Andragogia, que é a ciência que estuda o comportamento do ser humano adulto; e a palavra Agonia, que reflete o estado de espírito do ser humano nos tempos atuais.


Daniel de Sá /Arquivo Pessoal

A junção das duas palavras deu uma boa sonoridade, e o seu significado tem tudo a ver com a forma de compormos e escrevermos.

Cauê Leitão:  E é engraçado que até hoje tem muita gente que fala o nome errado(Risos), pronunciando o nome Andragônia. Galera, o nome é Andragonia em português mesmo, com a pronuncia de Andragonía como se tivesse um acento agudo no “i”.


RA - A banda é composta por professores de música e produtores. Como vocês conciliam a banda com o trabalho?

Ricardo DeStefano: Temos a sorte de podermos viver de música, seja como artistas, professores e produtores, não importa, desde que sempre com música. Isso nos dá a liberdade de termos controle total sobre nossas agendas e nossos ritmos de trabalho. Óbvio que a parte financeira vem na frente, então priorizamos sempre os trabalhos, mas, sempre temos a disponibilidade e a liberdade de podermos nos juntar para trabalhar para a banda, seja quando for. Por exemplo, temos um dia da semana que é dedicado apenas para o Andragonia. Nesse dia nós evitamos marcar aulas, produções, ou coisas do tipo.

Cauê Leitão:  E tentamos pegar um pouco do trabalho de cada um e ver o que pode acrescentar na banda. O Toni, por exemplo, além de músico é ator e trabalha com fotografia,  o que nos ajuda bastante. Somos uma banda independente e não temos quase nenhum apoio, precisamos nos virar mesmo e ter sempre o espirito de fazer a coisa acontecer.

Ricardo DeStefano/Google.com
RA - No momento de distração de cada um, o que costumam fazer?

Ricardo DeStefano: Coisas normais, não temos esse lado pessoal tão curioso assim. Depende do momento de cada um, e do nível de stress. Tem gente que gosta de se desligar de tudo, outros gostam de ficar estudando as próprias músicas, filmes, vídeo game, futebol, sair pra comer fora quando possível. Enfim, nada de muito “interessante” ou “rockstar” se é que podemos dizer assim (risos).

Por exemplo, eu mesmo, quando a banda está sem atividade, gosto de me desligar da banda, me afastar um pouco do pessoal, para renovar as energias. Acredito que dessa forma é mais fácil esfriar a cabeça, já que quando estamos juntos rola muita pressão e stress.

Cauê Leitão:  Além de tudo isso ai, comer chocolate deve ser citado (risos).

Ricardo DeStefano: É verdade!!! (risos).

RA - O que podemos esperar do Andragonia, em 2013?

Ricardo DeStefano: Em primeiro lugar, o lançamento físico do “Memories”. Já tem um ano que ele foi lançado em formato digital, e agora é o momento do cd mesmo. Em paralelo, estamos ensaiando para os shows que virão, montando o set list. Já tivemos a integração e adaptação do Toni com a banda, e a transição foi super tranquila.

Enfim, estamos planejando voltar com tudo, e o momento é agora. Nós tivemos um ano complicado de 2012, e acabou culminando até com uma leve parada da banda. Além da troca do Yuri, nós estávamos trabalhando com uma gravadora e que no final das contas também acabou não acontecendo. Ao mesmo tempo, eu também tive que parar pois estava com um problema grave de saúde e precisava me tratar. Hoje, um ano depois, vejo quanta coisa a gente passou, e fico muito feliz por estamos de volta, firmes, fortes, mesmo depois de tanta coisa. Não podemos PROMETER, mas digo que vamos tirar o 2013 para correr atrás do que passou e foi perdido, bem como do que está por vir ainda.

Thiago Larenttes/Google.com


Cauê Leitão : Já começamos o ano com muito força! Lançamos o clipe novo, “Threshold”,  e já voltamos aos ensaios com o Toni.  É aquela velha historia, se você quiser ver  a banda viva, lançando materiais novos, compareçam aos shows que vão surgir! Se não tiver essa troca, fica bem difícil a banda se manter firme  e forte.

Vamos  apoiar o Metal nacional!


Membros da Banda:

Ricardo DeStefano - Vocais
Thiago Larenttes - Vocais e guitarra
Toni Laet - Baixo
Cauê Leitão - Vocais e guitarra
Daniel de Sá - Bateria

E aí galera curtiram? Então baixem já o CD "Memories", disponível no SoundCloud da banda: 

Assistam ao videoclipe da música "Threshold"!

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