terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Crítica: "Blackstar", de David Bowie!

Fala galera, que acompanha o Rock Alive Brasil!!
Capa do álbum "Blackstar" (Foto:Divulgação)

Bom antes de comentar minhas impressões sobre o 25º trabalho de estúdio de David Bowie quero informar o seguinte: um texto opinativo/crítico é montado através de diversos argumentos que, no final, justificam a opinião do autor.

Digo isso pois antes de lerem meus escritos abaixo vou contra o que acabo de escrever e informo: SIM! O "Blackstar", último disco do músico britânico, é excelente!

Já dou minha conclusão do álbum antes mesmo do meu artigo, pois coincidiu a morte do músico, aos 69 anos, neste último domingo (10), apenas dois dias após o lançamento do seu 25º trabalho - com a produção do meu texto.


A obra fora lançada na última sexta-feira (8), escutei o trabalho no sábado e comecei a conceber minha resenha no domingo de madrugada. E ontem (segunda), logo cedo - em torno das 7h - soube do falecimento de Bowie, vítima de um câncer.


Agora vamos à crítica:


Após anos de reclusão, Bowie estremeceu o mundo pop com o lançamento de "The Next Day" (2013), um disco de "retorno" - sim, retorno entre aspas pois o músico declarou na época que não faria mais turnês -, um álbum cuja sonoridade remete bastante - assim como a arte da capa - ao clássico "Heroes" (77). Apenas três anos, David volta e, novamente, surpreende o mundo com "Blackstar", disco que lançou dia 8 deste mês, data que o músico completou 69 anos.

 Cena do clip "Lazarus"(Foto:Divulgação)
Ironicamente ou não, o "Blackstar" é um disco extremamente obscuro, principalmente o single "Lazarus"; no qual fica a impressão que o álbum realmente fora projetado como uma despedida do artista ao mundo da música. Mas, teorias da conspiração à parte, o trabalho começa com a faixa-título e a sonoridade mórbida lembra muito às músicas do ótimo - e esquecido - "1. Outside", disco de 1995, no qual Bowie mostrava uma sonoridade nitidamente influenciada pelo Nine Inch Nails.

Já em "Tis a Pity She Was a Whore" é uma faixa experimental no qual percebe-se um trabalho totalmente voltado ao free jazz no estilo do  - também excelente mas esquecido na extensa discografia do inglês - "Black Tie White Noise" (1993), álbum que flerta bastante com o experimental e o jazz.

O single "Lazarus" é uma balada soturna de altíssima qualidade. "Sue (Or in a Season of Crime) é a faixa mais "rockeira" do "Blackstar", têm excelentes riffs de guitarra.

Às faixas "Girl Loves Me"  e "Dolar Days" são baladas obscuras e experimentais que, novamente, relembram muito a sonoridade de "1. Outside". O disco encerra com "I Can't Give Everything Away", mas uma excelente balada com ótimos solos de saxofone, fazem a faixa mais jazzística do disco, e termina a obra de forma belíssima.

"Blackstar" foi uma volta/despedida digna de um artista tão complexo como David Bowie. O álbum flerta com jazz e é ousado ao apostar em um experimentalismo - na minha concepção, bem noventista. Se "Blackstar" é um disco de despedida, então David dá adeus do mundo da música de forma digna, pois a obra é EXCELENTE!

Me arrisco em dizer que "Blackstar" estará na lista de "melhores discos de 2016", no fim do ano, pois realmente o trabalho é surpreendente!

É isso aí pessoal! Espero que tenham curtido a resenha do "Blackstar", do David Bowie e já sabem: acessem ao  Rock Alive Brasil e fiquem por dentro das novidades do cenário nacional musical!


Abraços!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário