Fala galera, que acompanha o Rock Alive! Todos prontos para o Natal?
Então antes de comemorá-lo, confiram a entrevista que a banda Dark Tranquility concedeu ao The Ultimate Music!
“Brasil, esperem pela destruição”
Contabilizando
inigualáveis 25 anos de carreira, o Dark Tranquillity é um dos nomes mais respeitados
dentro do concorrido cenário do metal europeu. Precursores da “New Wave of
Swedish Death Metal", a banda traz uma sonoridade cada vez mais peculiar,
agregando sempre novos elementos à sua música ora caótica, ora atmosférica.
Mikael Stanne (vocal),
Niklas Sundin (guitarra), Martin Henriksson (guitarra), Anders Jivarp (bateria)
e Martin Brändström (teclado) recentemente lançaram o poderoso álbum
“Construct” e já estão na estrada promovendo este trabalho.
Batizada de "World
Construct", a turnê desembarca no Brasil para única apresentação, no
próximo dia 19 de janeiro, na Clash Club, em São Paulo, fazendo parte de uma
rápida passagem pela América Latina. A nova excursão mundial tem sido um
sucesso e os suecos tem evidenciado por que são os reis do famoso e
revolucionário movimento “Gothenburg Sound”.
Em entrevista exclusiva, o
guitarrista Niklas Sundin fala sobre a expectativa da banda em reencontrar os
fãs brasileiros após quatro anos de sua estreia no país, uma análise
interessante sobre a carreira do Dark Tranquillity, faz duras criticas ao
cenário da música pesada na Suécia, entre outras curiosidades.
por Costábile Salzano Jr | The Ultimate Music – PR
colaboração Pedro Pirani
Após a confirmação do retorno do DT ao Brasil, os fãs
ficaram muito contentes pela noticia. O que eles podem esperar desta nova
performance pelo país?
Niklas Sundin:
Estamos muito empolgados em retornar ao Brasil novamente. Os fãs podem esperar
um show cheio de energia, paixão e intensidade, cobrindo a maior parte dos
nossos álbuns.
O que você pode nos adiantar sobre o repertório a ser
executado durante a tour pela América Latina?
Niklas Sundin:
Para este álbum, não planejamos os setlists com antecedência, como fazíamos
anteriormente, as decisões serão tomadas antes dos shows. Este é o jeito que
mantemos as coisas mais interessantes, tanto para o público quanto para nós. Existem
pessoas que nos acompanham em vários dos nossos shows e isso é bom porque não
terão de escutar as mesmas músicas noite após noite. Nós acabamos de voltar
para casa de uma tour pela Europa, então não tivemos tempo para discutir apropriadamente
sobre planos para os shows da América Latina ainda, mas, com certeza haverá
surpresas.
Com mais de 10 álbuns lançados e uma carreira
irretocável, o que você pode nos revelar sobre a motivação e a determinação de
gravar um novo material.
Niklas Sundin:
Tentamos fazer o nosso melhor, colocando todo nosso tempo e energia no processo
de criação das músicas da melhor maneira possível. Isso não significa que todo
álbum seja melhor do que o anterior, não sou eu quem irá decidir, mas na minha
opinião, todo álbum é simplesmente uma documentação do que a banda era naquela
época. A principal motivação é basicamente a necessidade de ser criativo e a
necessidade de nos desafiarmos em criar uma música a qual acreditamos que
representará algo importante, o resto é secundário.
Você acredita que, após tantos anos de carreira,
somente agora vocês chegaram ao verdadeiro som que o DT tanto almejou?
Niklas Sundin:
Todo álbum é feito de uma perspectiva diferente, então é impossível para mim
avalia-los. A personalidade musical da banda está em constante mudança. Quando
escrevemos “Skydancer” tínhamos entre 16-17 anos e queríamos algo mais longo e
altamente técnico. Enquanto que por exemplo em “Construct”, tínhamos o dobro de
idade e uma perspectiva completamente diferente para a música. Assim como em
qualquer aspecto da vida, a personalidade ou núcleo modifica com o tempo. Para
algumas pessoas, nossa marca registrada é algo como “Punish my Heaven”, mas foi
escrita há 20 anos atrás, isso demonstra um pequeno aspecto do DT.
O que você vê de diferente do seu primeiro álbum em
relação ao "Construct"? Quais são as suas músicas preferidas?
Niklas Sundin:
Eu realmente não tenho nenhuma música preferida do DT. Para mim, é muito
difícil se referir quando estamos na posição de ouvinte. Nossa música tem se modificado
ao longo dos anos, tomaria muito tempo para descrever todos os álbuns, e eu
sempre achei que os músicos não eram as pessoas certas publicamente para
analisar sua própria arte. Tomamos muitas direções diferentes para álbuns
diferentes, às vezes, focamos em agressão e energia, às vezes, exploramos mais
o aspecto atmosférico ou somente experimentar. No meu ponto de vista, nossa
“progressão” não é linear de um ponto A ao B, mas somente uma miscelânea
complicada de ideias diferentes.
Martin foi o responsável pela gravação do baixo em “Construct”,
depois de muitos anos tocando apenas guitarra. Como surgiu esta decisão? Vocês
pretendem adicionar um novo baixista para esta nova turnê mundial ou se manter
na atual formação?
Niklas Sundin:
Bem, foi claro que o nosso baixista queria naquele tempo focar em tocar
guitarra, nós tivemos que chegar a uma solução, e como Martin é um baixista muito
habilidoso e criativo, foi uma escolha óbvia. E também não faria muito sentido
gastar tanto tempo escrevendo canções para apenas contratar um baixista para gravar
algumas músicas. Preferimos “Manter a Família” e, naquele ponto, queríamos
ficar em 5. O futuro ainda está em branco.
Nos últimos anos, a cena do rock/metal passou por um
período um pouco fraco, principalmente em termos de criatividade. Quais bandas
te chamaram a atenção recentemente?
Niklas Sundin:
Não concordo muito com a sua afirmação. Acredito que todos os gêneros de música
sempre tiveram uma falta de criatividade, mas não especificamente este momento.
Nunca houve uma época de ouro do metal. Muitas das bandas sempre foram ruins. Eu
acredito que existam várias coisas interessantes e experimentais acontecendo no
metal mundial agora, especialmente comparadas há dez anos atrás. Não escuto
muita música enquanto estamos em tour, mas algumas bandas que me impressionaram
recentemente foram Deafheaven (EUA) e Wintergatan (SUE).
Na minha opinião, a Suécia é o país mais importante do
cenário do metal atual. A “New Wave of Swedish Death Metal" liderada por In
Flames, Dark Tranquility, Hypocrisy, Soilwork and At the Gates continua
influenciando diversas bandas pelo mundo inteiro. Como você analisa esta
questão?
Niklas Sundin:
Esta é uma boa pergunta! É difícil dar uma resposta concreta… primeiro de tudo
é difícil de ter uma forte opinião de algo que eu tenha feito parte por tanto
tempo, Na verdade, nunca me senti confortável com esse “melodic death metal” ou
“new wave of swedish death metal” ou qualquer outro nome... Não tenho uma opinião
sobre essas coisas desde 1996. Para mim, cenários não são muito importantes, a
única divisão que preciso fazer é entre música boa ou ruim. As bandas que você mencionou
tem feito bons álbuns, mas no todo, não creio que a Suécia tenha as melhores
bandas. Existem muitos músicos qualificados aqui, mas a música na maioria da
vezes não é muito interessante para mim.
Você consegue qualificar os pontos altos e baixos da
carreira do DT?
Niklas Sundin:
Esta é outra pergunta difícil de se responder. Acredito que não exista destaques
específicos. O que nos realmente importa é o fato de que conseguimos manter a
banda por tanto tempo e que ainda fazemos músicas relevantes. Quanto aos pontos
fracos, não consigo pensar em nenhuma catástrofe. Já tivemos equipamentos foram
roubados, tivemos turnês canceladas, mas isso acontece com todas bandas que
estão na estrada por muito tempo. Por outro lado, não podemos reclamar.
O que 2014 reserva para o DT?
Niklas Sundin:
Toneladas e mais toneladas de shows e algum tipo de novos lançamentos!
The Ultimate Music – PR agradece pela entrevista. Por
favor, envie uma mensagem aos fãs brasileiros que tanto anseiam por ver o DT em
cena.
Niklas Sundin:
Eu é quem agradeço pela entrevista. Estamos realmente ansiosos em tocar no Brasil
novamente. Esperem pela destruição! Nos vemos lá!
Confira abaixo algumas
faixas de “Construct” e o trailer do álbum, disponíveis no YouTube:
Trailer Construct: http://www.youtube.com/watch?v=MLajXsvH_00
For Broken Words: http://www.youtube.com/watch?v=QTkwuyb_PLc
The Science Of Noise: http://www.youtube.com/watch?v=CbrtuZNfS4o
Uniformity: http://www.youtube.com/watch?v=BolGeBNPK1w Endtime Hearts:
http://www.youtube.com/watch?v=5bx-okDZYw4
Links relacionados:
Serviço São Paulo
![]() |
Divulgação |
Rock Brigade Concerts e Showmaster apresentam Dark
Tranquillity – Brazilian Construct 2014
Data: 19 de janeiro de
2014 – domingo
Horário: 18h
Local: Clash Club
End: R. Barra Funda, 969 –
próximo ao Metrô Palmeiras–Barra Funda
Censura: 16 anos
Ingressos: Ticket Brasil e
pontos autorizados
Pista 2º Lote
(meia-entrada): R$ 80,00 + TAXA
Pista 2º Lote
(promocional): R$ 90,00 + TAXA
Camarote (meia-entrada):
R$ 140,00
Camarote (promocional): R$
160,00
Imprensa:
press@theultimatemusic.com | 11 9 6419.7206

Nenhum comentário:
Postar um comentário